sexta-feira, 20 de julho de 2012

Você não precisava saber disso

Faz tempo que não escrevo aqui. Andei um pouco, assim, sem motivação. 
Mas hoje lembrei do que um amigo me disse uma vez: "Usa teu blog como diário, teu espaço. O blog é seu, você nao é obrigada a escrever o que as pessoas querem ler, assim como elas não são obrigadas a ler o que você escreve."

Então resolvi escrever. E vai ser a única postagem que não vou divulgar, nem publicar. Não tenho a necessidade que as pessoas leiam o que vou escrever, também não tenho como necessidade profunda que as pessoas saibam o que estou passando. Logo eu?! Rs.


A "história de terror" da minha vida (repetida, diga-se de passagem) começou a mais ou menos dois meses (se não for isso exatamente). E por tudo que já passei na vida, essa está sendo a "fase" (meus pais e alguns amigos definem assim) que está me dando mais trabalho de me livrar. Fui ao psicológo, desisti, ela apenas me ouvia, apresentava as possíveis causas e nunca a solução, e se fosse para ser assim, minha mãe faz o dobro, além de me ouvir, chora comigo e ainda apresenta as possíveis soluções ao invés de possíveis causas.
O que eu sinto, é medo. É, medo. Esse medo me trava, alimenta uma sede de inércia, como se tudo que eu fosse fazer, não seria útil, ou não daria tempo para que eu usufruisse desses anos de estudos e trabalho que tive até aqui.
Eu me sinto presa dentro do meu próprio corpo. É uma dor imensurável, acreditem, não estou exagerando em nenhuma vírgula. Eu não comando mais meus pensamentos, tudo que se passa em minha cabeça é o que  meu cérebro quer passar. Creio que mal posso controlar meu corpo.
Parece crise adolescente. Eu queria que fosse. Queria mesmo.
Em poucas horas me sinto bem, consigo esquecer os pensamentos ruins que me cercam, mas derrepente volta, e como se fosse de próposito, por eu ter tentado me livrar disso, eles voltam com mais força, me causando tremores, choros que me doem, solidão, e uma sede insaciavél de vida.
É , vida. Eu tenho medo da morte. Não, não só da morte. Tenho medo de doenças... É... doenças. Mas todo mundo tem medo de doenças, né? Pois é. Meu medo é excessivo. Sempre imagino ter algo incurável, que irá me fazer sofrer por muitos anos até que eu morra.
Você deve estar pensando: QUE BOBAGEM!
Eu realmente quero poder me livrar disso e conhecer essa "fase" nas outras pessoas para poder ajuda-las. Eu nunca me senti pior. Já senti isso uma vez, final do ano passado. E mês passado, voltou, com mais força.
Hipocondria, depressão, TOC, estresse, ansiedade. A ciência as vezes me retrata assim. 
Como já citei, desisti da psicológa. Estou tomando remédios naturais para me acalmar, e acreditem, não adianta. E semana passada fui encaminhada ao psiquiatra. O conhecerei a daqui um mês mais ou menos. Me sentindo a pior pessoa do mundo, é claro.
Eu cheguei a pensar que tenho medo de ser feliz. É, porque não? Pois afinal, antes de tudo isso, passei por momentos muito bons, excessivamente bons, que estavam me trazendo felicidade. Porém, sempre carreguei a ideia de que, quando estamos felizes demais, sempre há algo ruim a acontecer para se não estragar, diminuir consideravelmente. E foi assim, derrepente. Não sendo culpa de ninguém, somente minha. Mas não pensem também que me culpo, não chego a esse nível de desastre (apesar de estar chegando lá).
Não quero, e não desejo a ninguém sentir o que tenho sentido. Você imagina o que são dois meses aprisionada em uma tristeza absoluta, com sorrisos falsos, carencia afetiva e emocional? Um medo incoveniente, que trava sua vida, te impedindo de andar? E o pior, apareceu em uma fase tão importante da minha vida: A prestação de concursos. E quanto mais me dou mal neles, mais abaixo a cabeça.
Me chame de fraca.
Eu sou. Nunca havia sido, mas estou sendo. Não por vontade própria, não é.
Minha mãe está grávida. E dará a luz semana que vem. Eu sou a única mulher mais velha da família que poderá ficar com ela lá. E isso tá me doendo, porque sei que meus pais estao preocupados, mas eu consigo esconder o choro de todo mundo, menos deles. Principalmente dela, quando me pergunta em tom afetivo: "O que você está sentindo minha filha? Me diz, eu faço tudo pra te ajudar." Eu choro, choro. Me insulto de fraca, sinto raiva por não conseguir conter tudo isso.

Isso está parecendo desabafo adolescente. Mas não vou parar.
 

A psicologa me perguntava se eu tinha sonhos. Tenho. Quero fazer da minha mãe, a mãe mais orgulhosa do mundo. Isso me bastaria a vida.


As vezes eu penso : Ah, quer saber de uma coisa? Que se dane! ( Essa vontade de mandar se danar tudo só dura exatamente o tempo que demoro para dizer a frase. )

E Deus? Bom, foi a primeira alternativa que minha pediu que eu procurasse. Não sou desacreditada em Deus, nunca fui, só não gosto de igrejas. Na primeira vez que fiquei dessa forma, a única coisa que me fazia dormir eram boas horas de orações. Hoje porém, quase nada tem me feito dormir. Oro, leio a Bíblia sim, tenho minhas dúvidas sobre o desconhecido após a morte, mas não tenho colocado isso tanto em cheque. Me prevê que pensar nisso só irá piorar minha situação.
Teve um dia, que me senti bem por mais de 10 minutos. Foi ótimo. Foi na saída do consultório da doutora. Lá dentro ela disse a seguinte frase: " Só ela sabe o que ela está sentindo, não ouça as pessoas, ouça ela. "

Eu senti que alguém me entendeu.

Mas depois voltei ao escuro. É, voltei.
Confesso que estou me acostumando com essa tristeza e essa dor, mesmo não sendo o recomendado.
E mesmo que pareça radical demais, acho que isso não irá passar. Principalmente se meus medos se afirmarem.
Mas ah, há uma unica vantagem nisso tudo (se é que isso pode ser considerado vantagem), eu não penso, em momento algum cometer suicídio. Seria o auge da minha fraqueza.
Falo em fraqueza  tendo certeza que todo mundo tem a sua. E eu tô batendo de frente com a minha agora.
Estou presa, e não sei como sair, não sei.
Já pensei em desistir. Não desisti pela minha família apenas, em especial pela minha mãe.
As vezes sofro muito, choro muito, tremo muito sozinha, para não ter que acorda-la de madrugada. Seria injusto.
E agradeço todos os dias aos céus por ter a Mãe que eu tenho, que sempre foi, tem sido e sempre será o motivo da minha vida e a razão por eu ainda não ter desistido.


Sinto muito também em compartilhar isso com vocês, se é que aguentou ler até aqui, queria estar postando algo que lhes fizessem sorrir. Mas sinto que roubaram todos os meus sorrisos. Não deixem roubar os seus. Não vacile.


"- Talvez ter escrito isso alivie pelo menos, essa dor nas costas."


Que longe de vocês esteja tudo isso, e que sejam felizes!

Marcella Viana.

domingo, 3 de junho de 2012

e no final da f(r)esta?: 

  "Uso um sapato apertado
 tenho a vida financeira apertada
 trabalho numa sala apertada
e o pior aperto ainda é o que sinto no coração."

terça-feira, 29 de maio de 2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

" Dê segurança "

Esses dias eu aprendi a palavra 'Segurança'. 
Pois é, aprendi.


Ouvindo a música: "Dê" da Banda " Cerébro Eletrônico " por dias, em tudo que ela sugere que seja dado, eu guardei a palavra 'segurança'. (recomendo a música, é uma reflexão direta e singela)


O por quê? Não sei bem, talvez por ter sido algo tão ausente em mim, até hoje;
Segurança com todos os seus significados, firmeza, qualidade, afirmação, garantia e até os profissionais pagos para guardar, proteger, defender.


Mas onde está nossa segurança?Muitos pensam de primeira naquele romantismo de filme que engloba uma segurança meio insegura que sempre dá em merda; no seu próprio Deus, Ou na familiar, que é sempre seguridade amorosa fraternal ou financeira. E a segurança em si?


Sentir segurança em algo ou alguém além do que lhe deve a naturalidade (família), é fantástico. Uma hora que é quase um absurdo confiar totalmente em alguém, sempre tem alguém, amigo, cachorro, confidente, professor, seja lá o que for, que te passa segurança. As vezes é você, bem no pretérito mas é. Ou tão presente que exala seguridade. É bonito.


Percebi que é bem mais tranquilo que o amor.


Se sentir seguro é também se sentir protegido, e quando você é protegido, cuidado, você é amado, (de novo o amor) mas aí ele já pode se manisfestar pela amizade, cumplicidade, irmandade e afeto.


Na música, o trecho vem assim: " Dê amor, Dê segurança. " Achei incrivel a divisão, o distanciamento. Eles podiam ser só um, mas não são. Segurança deu um tom mais forte.


Talvez porque queria remeter que a segurança não é complemento do amor, mas o amor é a causa da segurança.


Sentir-se seguro seja lá onde for, em Deus, em alguém, ou em ti mesmo (o que em minha opinião é a  maior dádiva), é um desafio tentador.


Afinal, quando se tem segurança se pode errar? (aí você responde: é claro! todo mundo erra!)
Mas e se eu estiver tão segura em mim a ponto de te provar o contrário mesmo não sendo? (rs)



Segurança me remete colo, afago e proteção. Carater, personalidade e intuição.


Acompanhe.


" Eu Amo você " não parece tão vazio perto de um " Eu te seguro ", ou " Pode confiar em mim ".


Ao invés de blábláblá, nhênhênhê. Amor aqui amor ali. Abraço sem fundamento, beijo vazio ao vento.


 Dê segurança.


 Uma pessoa segura é uma pessoa sua também. Esteja segur@ disso.


Não renego o amor, mas ele não existe sem segurança. Ou você acha que sentimento se segura sozinho? Rs


Obrigada por ler até aqui.


"Segure-me"



terça-feira, 3 de abril de 2012

Devaneios nobres, são só meus?

Bem embaraçado é essa situação de não querer viver
quando se deseja morrer sem nem saber o gosto
quando se deseja viver quando se prova da doença
quando se abre mão da vida por alguém
quando retoma a vida assim, por ninguém!


O ser humano aprendeu a ser imbecil quando amou
mas e se ele sempre amou?
falo como não sendo ser humano, mas sou
sou imbecil igual a você, talvez nem tanto não é?
talvez pouco, talvez muito, quando minha mãe me dizia 'eu te amo'
eu pensava: nossa, que absurdo!


Mas quando o descobri, logo disse a todo mundo
quando sofri, logo deixei meu coração mudo
me revivi muitas vezes, hoje sou grande, talvez nem tanto
fui pequeno tanto tempo, que hoje já nem me espanto




 







quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Um pouco de sentimentalismo não faz mal a ninguém.

O que me assombra, não é o fato de não te ter, não é só isso;
É sem sombra de dúvidas, perceber alguém do teu lado, alguém que, por algo a mais ou a menos, te merece mais do que eu.

Eu acho injusto isso tudo, essa situação das pessoas dizerem que se amam e se largarem depois
Talvez elas não estejam erradas, talvez só  a definição da palavra esteja
Amor talvez seja só cuidado,
Ou só atenção
Ou só amizade
Porque necessariamente tem que haver atração física?

Tá cada vez mais evidente que o mundo gira em torno disso tudo, e não se engane, não é em torno do amor.
Perceba que até o 'Foda-se' está soando mais sincero que o ' Eu amo você'

Seja lá o que for tudo isso, ainda dá frio, ainda dá nervosismo, ainda deixa pensando antes de dormir, em momentos e ocasiões perfeitas ao lado de quem o coração insiste em gostar.

Vai saber né? Quem sabe o Amor é construído por cada um. Ou destruído.

O importante é saber que é isso que move o mundo, e não qualquer outra coisa. É isso, seja lá como se chame, ou como deva se chamar, as coisas mais evidentes nunca tem explicação mesmo;






Meu momento paixão,

Não há coisa pior no mundo do que você ver o que era para ser seu, ser de outra pessoa.
É uma raiva que corrompe qualquer conceito certo que tu carregue,
você mataria por aquela pessoa, talvez só em sonho, mas mataria.

Dias depois,

Puta merda! Como eu pude pensar coisas tão más por uma pessoa dessas?
Eu devia estar louco, ela não merece que eu mate por ela! (risos altos) que piada;

' E olhando para o outro lado, para outra pessoa desta vez:
- Ela sim, ela merece que eu mate aquele estupido que segura a sua mão para eu tê-la, ela sim merece.


É um ciclo sem fim, enfim.
Fim.




Obrigada por ler meus devaneios, beijos cheios de alucinogenos. :-)





terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A Mídia tá sambando o carnaval na gente! Ê!

    Eita. Acabou o carnaval!
Não me sinto nem um pouco habilitada para falar sobre TV, por não assistir. Se duvidar, esqueci até o botão de ligar a coisa!
 Mas pra quem tá sempre ligado nas redes sociais ou qualquer outra página da internet, sabe que já não é mais preciso tu ligar a televisão para que saiba algo dela, todo mundo só fala disso, repete, cria moda, se modifica, quando tu vê, fica, meu deus o que é isso?

- ah mana, a guria do BBB usa, tá na moda!

Não vou criticar o BBB, quase todo mundo já faz isso :-) hehe Só não gosto, é um ótimo parâmetro para quem estuda ciências sociais talvez, mas eu largaria meu curso e iria fazer matemática se me obrigassem a ver isso.

Enfim, chega de falar do big besteira. Vamos ao carnaval! Ê! Que saco. A parte boa é só o feriado, SÓ.
Li um comentário do grande Danilo Gentili acerca do carnaval, e sinceramente, eu carregaria toda minha opinião apenas falando uma frase que ele falou:  " Prefiro morrer no país do carnaval do que viver no carnaval desse país! " Achei digno. Ele não desmereceu o país, muito pelo contrário, no inicio do comentário, citou que queria ser presidente por um dia, e abolir o carnaval. Grande Danilo.

Não vou dizer que não tenho nada contra o carnaval porque eu estaria mentindo. Eu tenho TUDO contra o carnaval, e você que tá lendo não é obrigado a terminar de ler se achar que eu to falando besteira. Eu odeio o carnaval. Fim.

Não vejo sentido nenhum nessa festa. Pra que? A que? Nossa. Quantos milhões meu deus, quantas mortes, quantos acidentes, quantas crianças infelizes poderiam deixar de vir ao mundo! Pode achar que é clichê falar assim, até é, mas o que adianta todo mundo falar e o povo não ouvir? D:

Enquanto eu assistia o jornal local (um dos únicos motivos ao qual eu ligo a tv ), eu ri. Não houve nada de 'interessante' fugiram daqui e foram falar do carnaval de outro lugar, e da tradicional ' Banda', dando conteúdo algum a mesma. Enquanto quem tá por dentro mesmo das noticias, ta sabendo que só no sabado foram 25 ocorrencias de acidentes de trânsito na cidade. 25! Cara, tú sabe o que é 25 acidentes em um dia?

Eu não posso estar totalmente certa, jamais. Mas eu que fiquei olhando de longe essa 'merda' toda, não podia deixar de comentar. A mídia ainda tá tentando fazer a nossa cabeça.

A mídia nacional, que há uma semana mostrava Bahia e Salvador em crise total quanto as greves, esse final de semana mostrou alegria total ao carnaval. O que antes mostrava julgamentos, catastrofes naturais, é como se , Puft! Tudo virou festa. Mas nem é tão assim.

Eles tentam enterrar, enfiar na gente que o carnaval deixa todo mundo feliz. Ah, deixa.

E enquanto todo mundo ta vivendo e morrendo no carnaval, e vendo BBB, a dilma tá dando voltinha de iate por aí.

E o prédio que caiu?
E a greve?
E as chuvas?

Ok ok ok, já sei, é só aguardar que depois da 'quarta feira' de cinzas, eles vão precisar ganhar o deles...
E vão voltar a publicar nossa desgraça outra vez.

Nossa desgraça.
Talvez nossa desgraça esteja diante dos nossos olhos, e ninguém mete o dedo pra desligar.

Se leu até aqui, valeu!
Forte abraço :-)